domingo, 8 de abril de 2012

CINZAS DE UMA PAIXÃO (SONETO)



 
 Venha dizer-me agora, o que restou  
dessa paixão que, tanto nos possuía.
Das labaredas que o vento soprou
Das cinzas,que o tempo, nos diluiria

Fartos momentos de amor são agora,
somente lembranças aprisionadas
Em corações alternos,que, por hora.
Carentes, d'uma paixão mal amada.

Vou deixando minh'alma aqui lavrada
nos beijos que beijamos – também em cada,
carícia que nos fora apresentada

Mas levarei alguns versos comigo
Consolo, para essa chama apagada
na poesia que é agora meu abrigo.




Mônica Pamplona.
08/04/2012

2 comentários:

  1. O final de uma paixão é sempre dolorido para aquele que ainda mantem a brasa acesa!
    Perfeito o poema quando explica que so os poemas serão seu abrigo!Adorei!!
    bjussss

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  2. Tal como a Mari também senti, antes de ler o seu comentário, uma verdade indubitável e muito sentida por mim e por todos nós poetas:

    "Poesia - tornou-se agora abrigo"

    A poesia é, de facto, um abrigo que nos motiva a senti-la e grava-la não só na alma e coração mas também em belos poemas como este da Poeta Mônica Pamplona.

    Beijinho Querida Mônica,
    ZCH

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