O
tempo aponta as marcas no meu rosto
Delineia sua direção, ou suas curvas
Ultrapassa velocidade a gosto
endossando os sulcos de minhas rugas
Desperto em reflexo e então eu vejo,
nesse espelho turvo, esse meu demérito
Recordações
que passam num lampejo
Presentes no
passado, meu pretérito!
Agonizo de janeiro a janeiro,
no ciclo em que o tempo vai se fechando
Esmorecendo em tempo carcereiro
Que
trancafia o meu frescor de outrora,
em árvore
frondosa, que murchando
Antes
mesmo de chegada a sua hora!
Mônica Pamplona.
20/04/2012
Imagem obtida da internet.
Imagem obtida da internet.
Belo soneto O TEMPO EM MIM!
ResponderExcluirÉ assim... Mônica Pamplona descreve com sublime arte poética a angústia de nos vermos ao espelho e sentirmos que estamos a perder a frescura da juventude.
Mas, também o mesmo tempo nos trás conhecimento e sabedoria e mesmo com os sulcos das rugas marcando o rosto se pode ser belo. Belo por fora e por dentro. Esta é a beleza da Grande Poetisa Mônica Pamplona.
Parabéns Mônica!
ZCH
Tempo que nos martiriza com suas rugas e nos enaltece com sua experiencia, tempo que corre enquanto tentamos correr contra ele, onde o hoje foi ontem e o amanha ...já passou
ResponderExcluirpelo tempo...Belo Moniquinha, sabemos bem o que o tempo é capaz de fazer de bom e de ruim com cada um de nós...
bjokasss