domingo, 22 de abril de 2012

O TEMPO EM MIM



O tempo aponta as marcas no meu rosto  
Delineia sua direção, ou suas curvas
Ultrapassa velocidade a gosto
endossando os sulcos de minhas rugas

Desperto em reflexo e então eu vejo,
nesse espelho turvo, esse meu demérito
 Recordações que passam num lampejo
Presentes no passado, meu pretérito!

Agonizo de janeiro a janeiro,
no ciclo em que o tempo vai se fechando
Esmorecendo em tempo carcereiro

Que trancafia o meu frescor de outrora,
em árvore frondosa, que murchando
Antes mesmo de chegada a sua hora!



Mônica Pamplona.
20/04/2012       

Imagem obtida da internet.

2 comentários:

  1. Belo soneto O TEMPO EM MIM!
    É assim... Mônica Pamplona descreve com sublime arte poética a angústia de nos vermos ao espelho e sentirmos que estamos a perder a frescura da juventude.
    Mas, também o mesmo tempo nos trás conhecimento e sabedoria e mesmo com os sulcos das rugas marcando o rosto se pode ser belo. Belo por fora e por dentro. Esta é a beleza da Grande Poetisa Mônica Pamplona.
    Parabéns Mônica!
    ZCH

    ResponderExcluir
  2. Tempo que nos martiriza com suas rugas e nos enaltece com sua experiencia, tempo que corre enquanto tentamos correr contra ele, onde o hoje foi ontem e o amanha ...já passou
    pelo tempo...Belo Moniquinha, sabemos bem o que o tempo é capaz de fazer de bom e de ruim com cada um de nós...
    bjokasss

    ResponderExcluir