quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

De volta pra casa



Já não falta muito
Para a saudade matar
O retorno é inevitável
À minha origem voltar

Maravilhosa estadia me encontro
Saudades daqui também levarei
Dos muitos momentos agradáveis
Que na lembrança guardarei.

Mas pra folia do meu reino,
Não posso mais retardar
E é com sabor de um beijo
Que me despeço desse lugar.

E apesar da tristeza
De algumas notícias de lá
Trago comigo uma certeza:
A falta q sinto de meu lar.

Do entra e sai de gente,
Da algazarra das crianças,
Das confusões de família
Da alegria que emana,
O vai e vem de todo dia.


A presença constante de amigos
É a força que sustenta
E rege meu raciocínio
Enaltecendo minha vida
E o sabor de minha cidade
Porque são vocês,
Família e amigos queridos
Os responsáveis de minha felicidade.

Intima madrugada

A madrugada tá tão fria
Me inspira saudade não sei de quê,
Talvez a falta do calor do dia,
Remexendo o ego do meu ser.

A madrugada sempre foi minha amiga
Cúmplice e companheira
Com ela extravazo meus sentimentos
Escondo-me na sua escuridão
Ou realço nos meus melhores momentos

Gosto do seu sigilo
Do barulho de boates e bares
Promete aventuras desconhecidas
Frequentando certos lugares

Tem um certo gostinho de proibido
Que realça sua beleza
Enquanto todos estão dormindo,
Se vive apenas uma certeza.

De que a noite é uma criança
Que saboreia com elegância,
Os apreciadores de sua bonança,
Ou as baladas de quem dança.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Verdadeiras jóias


São três pérolas
Minhas verdadeiras jóias
Todas cravejadas de ouro e diamante
Mas uma diferente da outra!Que juntas,
Permitem que eu faça parte desse montante.

A mais antiga,
Falta um pouco lapidar
Apesar de brusca
Sua beleza interna ofusca
E não deixa nada a desejar.

A do meio,
Um pouco mais trabalhada
Não se desprende das outras
Civilizada e bem educada
Cultiva sua raiz
Não acatando desaforos
Nem mesmo quando quis!

A caçula,é a mais delicada,
E apesar de não ver a luz do sol
É confiante e determinada
Não vê com os olhos dos outros
Sempre segue adiante
Recompensada pelos seus louros.


Mas todas têm um ponto em comum
Sabem ponderar, cabeça e coração
Manter a justiça e a paz
A julgar que já estão a tempos juntas,
Talvez a muito tempo atrás.


Elas brilham em minha vida
Num calor humano sem igual
São pérolas caras!
De valor inestimável
São jóias raras,
De um amor inesgotável

Quisera eu,
Jamais perder esse tesouro
E desfrutar por toda eternidade
Desse calor que me aquece
Dessa magia de felicidade
E desse amor q me protege.

Não ha dinheiro que compre
Bens tão preciosos
Me desfazer tambem não queria
Jóias realmente verdadeiras
Não imitações e nem bijouterias.

Miragem ou realidade
Já estão comigo desde que nasci
Tambem já foram jovens,
Bonitas e viçosas
Mas sempre foram assim

O tempo não apagou seus brilhos
Nem a suavidade de seus traços
Ficaram mais valorizadas
Na medida de seus compassos

Quisera poder expressar,
O meu sentimento mais profundo
Compor uma música e rimar
Um amor maior do mundo

Por essas majestosas pérolas
Que me fazem sentir tão queridas
Porém,...não sei compor.
Mas arrisco como poetisa!

Minhas verdadeiras jóias
Lado a lado todas as manhãs
Juntas,da raiz á planta
São minhas tres irmãs.
Mariângela,Múrcia e Landa.

O ALÍVIO DE UMA DOR



Não há dor maior,

Do que aquela que obriga

A fingir q está tudo bem

Quando vai tudo mal na barriga!


Entre um, meio sorriso e outro.

Se tenta disfarçar

No entanto é persistente,

a vontade de cagar!!


Enquanto pessoas em volta

Falam, brincam,... Alegres

No entanto se tem a impressão

Que no intestino
 há uma revolução dos vermes.


Então finalmente,

é o momento de arriscar

Vira-se a bunda de lado

E se alivia num peidar.


Barulhento ou silencioso.

Todos sentem o odor!

Pálido; você fica sem graça.

E disfarça abanando o fedor.


Quem foi ou não

O mal educado pavoroso

Todos se perguntam, mentalmente.

-"Como se peido fosse cheiroso"!


E as contrações continuam

Sem bem se saber ao certo

Se naquele ambiente sofisticado

Existe um banheiro por perto.


Já não se come já não se bebe,

Falar, só se for consigo.

O suor frio lhe consome

E o cú começa a fazer bico!


O desespero é abundante,

Em uma busca desesperada;

Mal se arria as calças

E dá-lhe aquela cagada!


O barulho é inevitável

O fedor arde no olho de quem olhe!

Mas o alivio é imediato

Ao sair àquela merda mole.


É indescritível a sensação

Quando tudo termina

Até nosso semblante muda!

Fica pra lembrar,

só uma dorzinha na bunda


Mente quem diz,

que jamais sentiu essa dor.

Ou quem nunca, assim quis aliviar.

Pois como já dizia o poeta Bocage

"Não há prazer maior do que cagar".

Mônica Pamplona.