domingo, 28 de março de 2010

O BOTO


FOTO PESSOAL.


          Esse episódio aconteceu numa fazenda que se localizava em Soure, uma das ilhas que complementa o arquipélago do Marajó.


       As identidades dos personagens são fictícias. Qualquer semelhança com o enredo é mera coincidência.
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       Aproximadamente na década de sessenta. Quando a energia elétrica ainda nem sonhava em estabelecer-se por lá. Saneamento, coleta de lixo,... Nem pensar. As ruas eram de terra batida, mato por toda parte e os veículos mais utilizados eram o búfalo e o cavalo... Enfim, um lugar bastante primitivo que sobrevivia da carne bovina que vinham das fazendas, distantes uma das outras, e da pesca muito rica.


    Na cozinha todas estavam a comentar sobre os últimos acontecimentos que vinham ocorrendo naquela região.
Dona Carmita, a cozinheira, dizia:


__Dizem que ele só ataca quem não é temente a Deus!


__Quem dera... Por causa, se fosse assim, não sentaria a mão na cara de seu Tobias que todo domingo comunga na igreja. – Retrucou a ajudante.


__Nossa! Então esse tarado ataca homem também?!


   E antes que a outra respondesse. A patroa, que ia chegando, para ver os preparativos do almoço. Foi logo dizendo:


__Parece que ele fica naquele caminho que dá pra praia do Pesqueiro. E quando é noite de lua cheia, depois da meia noite, sai por de trás de uma mangueira e dá-lhe uma bofetada na cara de qualquer um que passe por lá.


   Enquanto falava, Chico, um  peão cria da fazenda. Homem já de seus trinta anos, que era "pau pra toda obra", com seu físico típico de caboclo da ilha. Seus 1,78m de altura, músculos bem definidos e uma cara de poucos amigos. Tinha fama de beberrão e arruaceiro, porém bastante responsável. Foi chegando pela porta do quintal e ainda ouviu o comentário de dona Lia, do qual afirmou:


__Pois hoje, a noite é de lua cheia. E eu vou passar por aquela porqueira daquela árvore à meia noite, e quero ver se vai ter cabra macho pra meter a mão na minha cara!


   As três entre - olharam-se meio preocupadas com aquele comentário. Mas só d.Lia o aconselhou;


__Deixa de bobagem rapaz. Ele pode ser um assassino perigoso e...


__Não se avexe não madinha. Tá vendo aqui a Severa?


   Chico tirou uma faca de açougueiro que ficava numa capa atrelada a um cinto em sua cintura.


   E continuou:


__Quero que esse tarado duma égua venha pra cima de mim. Aí eu apresento a Severa. Ele vai ver com quantos furos se faz um tauba de pirulito!


   D.Lia, conhecendo bem o temperamento do peão, ainda tentou persuadi-lo ao contrário.


__Esquece isso Chico. Pensa na tua mãe que não pode ter mais aborrecimento.


__Deixa tá madinha. Eu sei o que tô fazendo.


   E dito isso, voltou para o quintal, deixando as três pensativas.


  O resto do dia transcorreu normal.


   Mas foi na manhã do dia seguinte. Por volta das onze horas. Que o delegado chegou à fazenda perguntando por Chico.


   D.Lia, intrigada com a visita, quis saber do que se tratava:


__É que amanheceu uma poça de sangue no caminho onde o tarado ataca. E como ele vinha ameaçando furar o safado. Quero lhe fazer umas perguntinhas.


    Diante de tal circunstância, d.Lia não teve outra opção senão chamar o peão.


   Quando este chegou. Após ouvir o relato do delegado. Afirmou:


__É, vossa otoridade. Fui eu sim.
__Passei pelo caminho, na frente da mangueira à meia noite. Quando o miseraver deu uma baita remada na minha cara. E o senhor sabe né; Macho que é macho não leva desaforo pra casa! Não leva não senhor.


     E tirando a faca da bainha entregou ao delegado, continuando sua confissão:


__Ai, eu já tava mermo com a Severa na mão, só fiz enfiar no bucho dele, ai ele saiu correndo feito bicho doido. Agora, se vos mecê quisé me prender, pode me levar. Mas fique sabendo que não me arrependo de nadinha, não.


    Levaram Chico para averiguação.


    Chegaram ao local do atentado e seguiram um rastro de sangue que ia até a praia do Pesueiro, próximo à uma canoa emborcada. Quando desviraram a embarcação; Qual não foi a surpresa? O que encontraram foi um boto morto, ferido à faca!!


   A perícia foi feita lá mesmo. (!!!)


   O delegado pôs a Severa na abertura da sangria do animal.


   Fim do mistério.


   A faca coube milimétricamente na ferida.


   Chico ainda arriscou e disse (entre meio sorriso).


__É vossa otoridade, acho que não matei gente não. E se matei um boto, então não é crime, foi só pesca.

Mônica Pamplona.
28/03/2010

sexta-feira, 26 de março de 2010

Terde demais para nós

Levei muito tempo pra entender
De que não me eras indispensável
Sucumbi meu próprio eu
Pra te ser favorável

Vaguei por lugares desconhecidos
Adocei lábios impetuosos
Frequentei ambientes que não gosto
Só pra ter te esquecido

Bebi em copos sedentos
De paixões passageiras
Entreguei-me por certos momentos
A ilusões não verdadeiras

Já acordei em camas com alguém
Que nem sequer conheço
Me troquei por algum vintém
Sem nem lembrar meu preço!

Mas,
Te olhando agora
Teu rosto me é estranho
Volta...
Vai-te embora
Meu corpo agora é meu ganho.


quarta-feira, 24 de março de 2010

EU X VC

Foram muitos Gols emplacados.
Nosso Time enfrentou muitas barreiras.
As FALTAS cometidas,nem sempre eram cobradas.
Reconheço que no inicio,
A preparação Técnica era devagar.
Mas com as EXPERIÊNCIAS adquiridas.
Nosso Time ganhou mais um Placar.
Os escanteios sempre foram cautelosos.
Para que conseguíssemos FIRMEZA em nossas Jogadas.
Com o primeiro tempo tumultuado;
MUITOS CARTÕES AMARELOS,MUITAS BRIGAS,...
Mas continuamos com a Bola pra frente.
E agora,no Segundo Tempo,
Nós jogadores,
Não estamos mais nos entendendo!
Estamos Driblando a nós mesmos.
Nosso tempo está acabando.
E apesar de toda Torcida,
Não haverá Prorrogação,
Muito menos,Cobrança de Penaltis.
O CARTÃO VERMELHO já lhe foi dado.
Só lhe resta sair de Campo.
E...
Fim de Jogo,o Juiz Apitou
Nosso Time perdeu.
A Jogada agora é individual.
Com o FUTEBOL entre você e eu!

domingo, 21 de março de 2010

FELIZ ANIVRSÁRIO


Saúde
Prosperidade
Inteligência
Felicidade
Glamour
Fantasia
Amor
Poesia
Tesão
Sonhos
Paixão
..............
Que as lágrimas te brotem só de alegria
Tua voz,entoe teu canto
Com as bençãos da Virgem Maria
Que te cubra com seu Divino Manto
Iluminando sempre teus caminhos
Retirando todos os espinhos
Te abençoando em todos os quisitos
Na paz dos bons Espiritos
São meus sinceros votos de um FELIZ ANIVRSÁRIO pra voce

quarta-feira, 17 de março de 2010

sexta-feira, 12 de março de 2010

Entre a vida e a morte




Sorrateira névoa densa


Que persiste em nos perseguir


Deixando tudo em estilhaço


Pra depois de novo vir




Vil companheira da vida


Que silencia a mente do homem


Transformando seu corpo em cinza


Dilacerando como a peste e a fome!




Não adia seu momento


E nem deixa pela metade


Faz com que tudo aconteça


As vezes,


Até com requinte de crueldade!




Gargalha em volta da vida


Sem ao menos perceber,


Que se vive muito mais


E é uma vez só pra morrer




Oh,insensata morte!


Que não nos deixa viver


Dando-nos apenas a certeza


De que um dia iremos morrer




Lado-a-lado


Juntas caminham


A julgar que os opostos se atraem


A vida segue adiante


Quando a morte se vai.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Só de brincadeira




Ah!
Saudade que machuca
Como a tempestade e o vento
Sentimento de flor quando murcha
Em determinado momento
Só de brincadeira.
Chegaste de mansinho
Ocupando todo meu espaço
Com esse teu jeitinho
De quem pede um abraço
Menino lindo e doce
Verdadeiro furacão em minha vida
As vezes faz que não ouve
Certas palavras já ditas!
Suas manhas e anarquias
São de me dar prazer
Consegues tudo o que querias
Subornando todo o meu ser
Só de brincadeira!
Desafio tuas traquinices
Numa imaginação sem fim
Nos momentos de tolices
Faz beicinho pra mim
Quando te vejo adormecido
Todo entregue e desarmado
Me enche o peito de ternura
Por esse ser tão amado
Só de brincadeira
Fico a imaginar.
Teu sorriso estampado no rosto
Demonstrando alegria em me ver
Me cobrindo de beijos a gosto
É tua maneira de dizer:
Que a saudade foi embora
Dando espaço a nós dois
Novamente juntos,agora
O resto,...fica pra depois
Ah,menino travesso
Que suga o que há de melhor em mim
Apesar da distância,
Não te esqueço
Meu querido e lindo querubim