domingo, 12 de fevereiro de 2012

EU GOSTO DE SER MULHER (série MULHER - parte VIII )







Em meio à realidade
Ainda vivo os sonhos
A espera do beijo,
que nunca foi dado
Na luta ferrenha
Em cada intervalo
De me sentir menina

Persigo uma folha ao vento
Esnobo sofrimento
E curva-se a vida
diante do meu seio
Sem meio,
ou rodeio
Haja o que houver
A força do sexo frágil
Faz-me sentir mulher!

Com a ternura de uma brisa
ou a fúria de um vendaval
Que arruma,
desarruma,
então se apruma
Ora bem... Ora mal.

Reconheço a carência
E o domínio que me convém
Sobressaio na cama
E que pense,
que sou sua refém!
Afinal,
meu sangue escorre entre as pernas

Dando à razão,
minha intuição
Para o que der e vier
O sutil arrimo que me faz convencer
O porquê, que gosto de ser mulher.



Mônica Pamplona.
08/02/2012

domingo, 5 de fevereiro de 2012

MADURO AMOR



 
Ainda é madrugada lá fora
O vazio do silêncio,
Identifica-se com minha solidão
Escuto meus pensamentos
Que vagam sem exatidão.

Sinto-te adormecido ao meu lado
Tua respiração ritmada,
Teu corpo quente e desprotegido
Acelera-me tanto amor e ternura
Que em meu peito, mal ficam detidos!

Já não estou mais sozinha
Tua presença me deixa segura
A madrugada não está mais vazia
Aconchego-me em teus braços, sob teu edredom
E adormeço para um novo dia.

Mônica Pamplona.
29/01/2012

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

ETERNA SAUDADE (SONETO)


...Portanto, beija-me em constante
no vazio dessa despedida
 Em acalanto por um instante
para essa dor da tua partida

Não tardará, e só esquecimento
irá brotar - teu coração
Em sofrimento, meu lamento...
E mesmo assim, dirás um não!

Entre as brumas dessa paixão
Serás eterno em minha mente
onde estarás - qualquer canção

Sempre lembrado em meu dia a dia
inspirando paixão so-mente.
No aconchego das noites frias! 

Mônica Pamplona.
02/02/2012


NOTAS DE UM AMOR NUM PIANO DE CAUDA (SONETO)



Parecia que havia nascido naquela sala
Com suas improvisadas notas a ressoar
Tantas ancestrais celebrações em vestes de gala
Nobre entretenimento – seu som- a descortinar!

Sorvera diversos ritmos durante muitos anos
Dos mais exímios pianistas ao dedilhar
Sempre em evidência naquele canto – só o piano,
com sua bela e garbosa cauda no contracenar!

Ela só quis morrer, por intenso amor mal fadado!
Debilitada, sem alimento – disse não à vida
Despediu-se do seu último momento de pecado

Chorou o piano, por duas horas- La Cumparsita
Logo, ardeu em brasa – tuberculoso- dito a causa
Sepulcro dela- Em silêncio, o seu piano de cauda!


Mônica Pamplona.
3 1/01/2012

FLAGELO DE UM AMOR INCONDICIONAL



Choram os versos dela
Em rimas,
que vão muito além da saudade
Expressam
Tamanha dor incontida
Dor - que dilacera em crueldade!

Descrente,
desse amor incondicional
fragmentado de ilusões.
Talvez não se sentisse assim
Se não tivesse vindo
de onde veio
Tanta tristeza e desgosto
Daquele,
que um dia alimentou em seu seio!

Sua triste poesia.
Que antes exultava em vida
Triunfa agora
nos acordes desse sofrimento
Sentida,
Doída,...
Apalpando emoções

Pena que em tão alto preço,
cobram seus intensos poemas
Foi preciso,
para alcançar todo esse brilho
O flagelo entre dois corações;
...Pobre poetisa – Insensato filho!

Mônica Pamplona.
27/01/2012

MAGRINHAS OU GORDINHAS?


 Louco estereótipo da mulher bonita
Diagnosticam, as magras como escolhidas

Dando preferência a sua silhueta

Aposentando o sutiã por falta de tetas!


Regozijam as anônimas gordinhas

Magrela – de onde se faz oriunda

Tentava mostrar o que não tinha

Agora esnoba com sua merecida bunda.


Elementar que na excessiva dieta

A magra tenha que manter a forma

Não o bastante, tem que ser atleta!

Saborear de alguns quitutes... Nem morta!


A beleza das mais robustas

Também está na sua companhia

Seu homem aproveita o que degusta

Num restaurante ninguém se entedia


Expostas numa vitrine – cada qual é dama

As magrinhas pensam que triunfam

Mas quem vê silhueta não vê cama!

As gordinhas ainda usam e abusam


A beleza da mulher é separada

Cada qual possui seu verniz

Há aquela que gosta de salada,

e a outra que é feliz.



Mônica Pamplona.

27/01/2012