segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

ILUSÃO (MICROCONTO)

Ela jovem,bonita e inexperiente.
Ele bem mais velho e casado.A iludiu.Plantou sua semente.
Nem esperou os nove meses.
Sumiu!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ANTIGOS CARNAVAIS

Os mascarados já estão nas ruas
Divertindo a todos com suas peripécias
O pierrô continua apaixonado
Em busca de sua colombina
  -Já nem acompanha a festa.

Lança perfuma aromatiza o ar.
Os blocos dançam em ritmo de samba.
E entre serpentinas e batalhas de confetes.
Purpúreas fantasias,
emaranhan-se com os sujos.

A magia dessa folia induz famílias.
Ingressando nessa utopia.
Que em júbilo desfilam na avenida.
Convertendo-se ao carnaval.

Um ou outro beijo é roubado.
Se aproveitando da foliã colombina.
 /É seu pierrô apaixonado.
Que encontra sua diva./.

Foliões acompanham seus cordões.
Dançando e cantando seus enredos.
Todos armados de alegria
Numa alegria, quase inocente.
/ Comparada a de hoje em dia/

Abordada a noite.
Os clubes também exaltam em seus bailes.
Com os blocos de salão a se divertir.
Banda no compasso das marchinhas 
Saúda, _ animando a todos.

                       Até mesmo estavam por lá
O pierrô e sua colombina
Regozijando em alegoria.
Antes que a quarta-feira de cinzas amanheça. 
Com seu efeito colateral.
Deixando a fantasia em um canto qualquer.
Ilustrando, apenas a lembrança.
De mais um antigo carnaval.

                                                           Mônica Pamplona.





sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

ANJOS AMIGOS



Através das paredes de meu universo. Deparei-me com Anjos a minha volta.

Surpreendidos, puseram-se a sorrir e acarinhar-me. Não conhecia seu vocabulário, mas entendia o que articulavam; Então se puseram a cantar com tamanha ternura. E envolvida pela melodia, meu corpo e mente tornaram-se alusivos, perdendo todo aquele peso de minha existência. Uma energia de conforto e bem estar apoderou-se de meu ser. Convicta de que tudo acabaria bem. Nenhum mal poderia atingir-me. Pois aqueles Anjos me protegeriam, dando-me a força necessária para enfrentar todos os fardos que o futuro me reservava.

Foi quando, surpreendentemente a música cessou! E um Anjo, em especial, não proferiu, sequer, uma palavra. Porém, captei sua mensagem. Através daqueles olhinhos celestes, apenas a mirar-me.
  E disse-me:
- Que em meu mundo, tenho muitos Anjos comigo. Amando-me,zelando,protegendo, confortando-me,... E cabe somente a mim, saber preservar tão especial sentimento. Doando-me e retribuindo de forma pura e sincera.


- Pois suas asas caracterizam-se em braços. Que permitem o conforto e evidenciam a candura do sentimento, ratificando num forte abraço.

- Caminha com suaves passos pelo teu coração. Sente e chora tuas lágrimas. Sorri teu sorriso. E mesmo distante te alcança, ao estender-te a mão.

- Para identificá-los, face a face. Esses Anjos são conhecidos como AMIGO. Pois cada Amigo é um Anjo que se tem em vida.


Mônica Pamplona.





A todos meus amigos,dedico esse poema.Em agradecimento por existirem em minha vida.


POETAS E ESCRITORES DO AMOR E DA PAZ  _  PEAPAZ

SUTIL MELANCOLIA

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

MEUS FANTASMAS

Não acredito mais quando estou sozinha.
Nem sequer consigo concentrar-me para escrever.
Tem sempre um barulho a interferir.
E a deixar-me assombrada.


E quando me refiro a “barulhos”
São consistentes em sua veracidade.


Passos pela casa,
Porta do freezer,
O abrir e fechar de portas dos quartos,
O arrastar de móveis,...


E o aroma que deixam em minha sala e corredor!
Ora rosas ou jasmim,
Ora cachaça ou vela.
Será que pensam em fazer alguma orgia?
Mas por que na minha sala?


Já nem sei mais o que é real ou abstracto.
Acho que esses fantasmas só querem se divertir!
O problema é que EU levo á sério!


Vocês devem estar pensando;
“Faz uma prece que eles se vão”.
Hum!
Acredito até que adoram uma reza!
Pendurei um enorme terço perto de minha cama.
Sei lá... Pra qualquer emergência.


Penso que possa existir,
Sabotagem espiritual!
“Eles” se prevalecem quando estou sozinha,
A tentar escrever uma poesia.
Para entrar em cena e roubar meu enlevo.


Será que acham que escrevo tão mal assim?


Outro dia acordei todos, em plena madrugada.
Na certeza de ter alguém estranho em casa.
Qual nada.
Era somente mais um fantasma desastrado
A tropeçar e derrubar as cadeiras da cozinha.


Já me disseram para gritar com “eles”
Mandando-os embora, “para bem longe”.
Tentei, mas fiquei com receio que me respondessem.
Então preferi manter a dignidade de continuar de pé,
E não ter um chilique a desmaiar.
Calei-me!


Evito relatar todos esses “espirituais acontecimentos”
Para minha família e amigos
Sabem como é;
Podem pensar que estou perdendo a sanidade.
Mas resolvi acabar com esse anonimato
E contar tudo o que passo quando estou só.


                                        Pois é...


Quase me chamam de doida.
Não disseram em palavras,
Por consideração.
Mas percebi seus olhares e semblantes.
E mais uma vez.
Calei-me!


Mas não ficarei passiva diante dessa situação.
Reagirei energicamente
Não posso permitir que pensem, que estão a intimidar-me
Colocarei minha fé acima de tudo
E além de continuar,
Com minhas preces e devoção.
Daqui pra frente só escreverei com alguém do meu lado.


                   Mónica Pamplona.








domingo, 6 de fevereiro de 2011

AMOR E MORTE



 
AMOR E MORTE

Silenciosamente, deitado em teu leito.
 Com o semblante, pálido e confortável.
Regozija, sem o saber, - O mal feito.
Enquanto definha tua existência _ Considerável.

Efêmero instante a conciliar
 Extenue momentos do pretérito
Extinto futuro a  não nos privilegiar
O alvejo, que seja, de qualquer mérito.

Silêncio, para que eu possa ouvir teus pensamentos.
O último refúgio de nossos sentimentos
É chegada a hora da despedida

Sentida, doída, eminente,... Em cada poro
Ainda vislumbro teu semblante de partida.
E em silêncio, fecho teus olhos, em prece ... choro.

                                 Mônica Pamplona




sábado, 5 de fevereiro de 2011

ERROS / DE TANTO AMAR (MÔNICA E MARIÂNGELA PAMPLONA)

     ERROS Brigando com meu ego tento;
Consertar,abrandar,aceitar,
Resolver,dissolver,esmorecer,
Diminuir,sumir,dar um fim,...

Nesses teus erros que tanto me incomodam
Que muito me magoam
E que sempre me fazem lembrar

Que são erros persistentes que a muito nos acompanham
E que sempre conseguem nos separar
Enquanto tento,sinto que o tempo passa
Estamos perdendo a noção de quem somos

Nos deixando arrastar,dias a dias,nessa agonia.
Sem querermos dar o braço a torcer
E no final veremos
Que essa guerra não vencemos

Porque já nem sabemos mais
Realmente quem errou
Se fui eu ou se foi você ...

Mariângela Pamplona




                DE TANTO AMAR
Se até diante de teu ego,
Te desentendes em agonia.
Como poderias,
Não desentender-te comigo?

Meus erros que te incomodam
São cortinas abertas
Que deixam a'mostra
O que não queres ver

E pelo que somos
"Gens refletido em espelho"
É que não nos entendemos.
Dúbio sentimento nos maltrata
Ou, -talvez _,por amar-te tanto!

Guerrear me deslocaria
De minha total sensatez
(Irrelevante ideia)
A necropsia de nossas feridas
(Ainda sangrando)
Resultam de um amor mal entendido.

E quando um amor é abatido
Não há vencedor
Deplora-se em um descontentamento
- Em muitas vezes -
Mascarado por intrigas
Remoendo sentimentos
Que não se quer sentir
Porque o amor que sinto no peito
É imensurável por ti.



Mônica Pamplona



(Um duo com minha mana)




quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O PODER DO BEIJO





Merecidamente o beijo
Exerce um saboroso poder:
Silencia duas bocas
E diz tudo o que queria dizer.

Edificante prazer que alucina
Em duas línguas a se acarinhar.
Osculo complexo que alicia
Insinuadas carícias
Dispensando o madrigal da poesia

Torrente que reverbera em calor
Ondas magnéticas a nos possuir
Ávidos beijos calientes
Desenvolvem-se sem pudor
Desnorteando a lucidez da gente

Domínio que proporciona
Inesgotável fonte de deleite
Que envolve e seduz
Analogia que difere
Aquele que jaz numa cruz.

                                                   Mônica Pamplona