TROVAS



 






 

TROVANDO MINHA PENA






A saudade quando chega
Não se importa com momento
Vem, afaga e se aconchega
Fundindo-se em sentimento.


Sinto o toque do teu olhar
Percorrendo o corpo meu
Desejo em acelerar
Cada toque que tolheu.


A vida sempre surpreende
Mas, com ou sem previsão
Cabe viver o dia, e tende
Regando eterna emoção.


Deixe-me seguir a vida
Meus acertos e atropelos
São minhas vindas sem idas
Tentando apurar meus erros.


Sonhos sempre favorecem
As vontades em dispor
Mas também muito carecem
Garantia do sonhador.


Trovo sem nenhum comando
Permito-me deixar fluir
Sentimentos que vão dando
Vazão enquanto eu sentir.


Gosto de sentir saudade
Sentimento confidente
Que traz consigo a ansiedade
Do amor pra perto da gente.


Cada pétala de rosa
Já suspira em bem me quer
Levita de tão charmosa
Nos apuros de mulher.



São chegadas as grandes perdas
Equilíbrio que requer
Esperança que conceda
Todo bom senso da fé.


Brilham as trovas/poesia
Descortinam sentimento
Miram tristes alegrias
Versos para cada alento.


Quisera poder beijado
teus lábios que desejei
Um mero beijo roubado
Como jamais eu beijei.


Teu olhar fala tão calado
Expressa tanto desejo
Como todo apaixonado
Riem teus olhos quando te vejo.


A amizade é uma flor
que desperta com carinho
Sentido puro do amor
Outras revelam espinhos.


Do ontem, somente agradeço
As experiências vividas
Do hoje vivo o que mereço
Para um futuro em seguida.


Leve brisa que me acalma
Quando penso nos teus beijos
Excita o meu corpo e alma
Cumpre a paixão em cortejo.


Vou brindando com maestria
Todo momento marcante
Retendo em minha poesia
E arquivando a cada instante.
Cada sentimento dito
Abraça meu coração
Em versos aqui já lidos
Em trovas que aqui estão.


A natureza repleta
quando saúda em comunhão
Interage com o (a) poeta
dando ênfase à paixão.


Com decepção, não se brinca
Não ajusta ao coração
O bom sentimento trinca...
Em cacos com discrição.


Já despertam os segredos
Ocultos nas emoções
Habitando nossos guetos
E agitando-se em grilhões.


Reluzem as joias constantes
Adornos da imagem dela
Falsos brilhos tão pedantes
Realçam beleza em cautela.


Lentamente a vida passa,
Sem nem olhar para trás
Breve chega a ser escassa
Levando-me... Pra nunca mais...


Um passado só de dor
Não vale muito esquecer
Pois toda dor, como for
Dá razão pra se aprender.


De saudade me alimento
Foi somente o que restou
Tudo agora, só fragmento
Da lembrança que sobrou.


Tento esquecer não adianta
Toda hora meu pensamento
Requer sua saudade, tanta
Que fico sem argumento!


Meros desejos me vêm
Sempre que contigo estou
São anseios que me detêm
Com sabor de quem gostou.


Meu desejo vem da fonte
Dessas mãos que me deslizam
E me encontro sob meu homem
Em gozos que me dominam.











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