quarta-feira, 22 de junho de 2011

CABARÉ

 
CABARÉ


Inebriante odor de prosaico perfume
Emaranha-se com a fumaça de cigarros
Entre um gole ou outro qualquer
Na penumbra que disfarça alguns algozes
Enveredando na luz escura de um cabaré.

Faces distorcidas pela alegria
Refletidas em espelhos sem couvert
Inebriando imagens, _ /todas parecidas/
Performance das paredes do cabaré.

Bocas ávidas, com beijos quentes, desconhecidos
Aliciam aos passos de um bolero
Revertidos em imagem de seminua mulher
Reserva a intimidade de um desconhecido
Que se excita no salão de um cabaré.

Corpos ardentes a gargalhar
Em místico ritual vulgar e de sedução
Carícias com sabor, de um pecado qualquer
Extremo consumo de libidinação
Revela-se em demasia, no refúgio do cabaré.

Domínio que consome à luxúria
Bebidos em falsos whiskys com guaraná
Enredos de vidas que prouver
Adquiridos, _ ao menos por uma noite
Nas fantasias que acolhe aquele cabaré.


Mônica Pamplona.
22/06/2011





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