quinta-feira, 3 de março de 2011

POSSESSÃO SEXUAL

Teus sonoros “ais” não mentem
Entregam o prazer que sentes comigo na cama.
Por mais que digas que “não”
Teus impulsos másculos
Saltam rígidos ao tocar-me.

Tentar evitar, não é a solução.
Sou a mulher que imaginas
Tuas fantasias são minhas orgias
Que invento para nos saciar

Sou o mistério que aprecias
Na penumbra de teus desejos
Invocando a possessão do sexo
Que emana do nosso mais profundo sentir

Domino-te em minha entranha
/Lubrificada, aquecida/
Exubera-te ao meu contorcer de prazer
Ápice supremo em gozo
/Inútil tentar descrever/

Portanto não clames palavras em vão
Se logo em seguida me tentas
Regozijas em tesão
 Pelo animal que és
-Homem –
Sou uma de tuas costelas
Que se alimenta do teu sémen
Tua fêmea com cio de cadela.

A cobiçar teu corpo
Sem tolher e sem censura
Apenas deixando fluir
O deleite que consome um e outro
  /Não havendo como nos distinguir/.


                    Mônica Pamplona.



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