segunda-feira, 7 de março de 2011

DOCE NOSTALGIA

            
        

        A casa de minha infância. Tinha paredes de magia.
        Um jardim com aroma delicado. E um quintal imenso, sombreado pelas árvores.

        Portas e janelas, não havia trancas. Pois não se fazia questão de sair.

        Vivia-se em plena segurança. Em volta d’um amor que mal cabia ali.

         Uma saborosa cozinha. Que emanava seu cheiro suculento. Desafiando nosso fastio. A deixar-nos sem argumento.

          Irreverentes travessuras, de três meninas pequeninas. Rodeadas de amor e cuidados.
Indiferentes a tamanho zelo. Apenas a desfrutar
da fantasia em que viviam. Alheias a qualquer atropelo.

         Mas as crianças cresceram. O mundo de magia aboliu-se!

          A principio foi difícil. Desprender-se de tanto amor e proteção.

         Feito um sonho bonito, que se perde no tempo ao despertar.

         Sutilmente, enveredo veredas da vida. Espalhando essa semente que carrego no peito.

          Deliberadamente aprecio essa nostalgia. Que me permite plantar e colher esses antigos sentimentos que nunca esqueço.

                                          Mônica Pamplona.

        




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