quarta-feira, 22 de setembro de 2010

OBRAS PÓSTUMAS


Pobres poetas quando em vida e morte.
Perseguidos com a mesma intensidade.
Em existência eram sub-julgados,
Para depois jazer em debilidade.

Poetas a letrar toda luxúria.
De uma sociedade,governo ou seminário.
Estes,depois da certeza do morto,
Retiravam os chapéus para o rito funerário.

Algozes da arte em denúncia escrita.
Cargueiros de poetas sobre o amor.
Poetas de entrelinhas lícitas.

Fizeram das suas exéquias a seu dispor.
Subestimaram sua morte,pensando ser esquecida.
Mas o poeta,a morte não mata,permanece em vida.

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