quarta-feira, 13 de abril de 2011

O FIM DE MIM


                        O FIM DE MIM


               Que saudades sentirei do tempo de agora. Um dia, quando o hoje fizer parte de outrora.

               Da paz e aconchego que reina em família. Os amigos, sempre presente, disputando uma convivência em vigília.

               O prazer de acordar a cada dia e poder participar, trabalhar,... Contribuir com essa magia que se chama VIDA.

             A evolução que me permite ousar em desbravar, ganhando ou perdendo, desafios que aceleram meu sangue em minhas veias.

          Ter em mãos o poder de sempre iniciar, mesmo antes de terminar. Audaciosos momentos de se vivenciar!

               Triste será quando meus passos não sustentarem mais meu peso. Meu coração passar a pulsar, sem mais nenhuma emoção. Meu corpo dilacerado pelo tempo pedindo apenas proteção. E meus olhos a olhar sem nada enxergar.

               Palavras presas na garganta, sentenciando o farrapo de gente transformado. A espera além de um milagre, para que distorça esse quadro mal planejado.

              Gostaria, ao menos, de poder manter as lembranças. Recordações que me façam sorrir. Mas se nem isso me for permitido! Que minha carne decomponha-se sem mais alma, para não resistir. Abrandando esse sofrimento. E eu me torne livre, deixando de existir.

                                      Mônica Pamplona.

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