Vixii, minha Mãe Santíssima!
Afasta di mim toda urucubaca
Somi com essa gente de olho gordo
E num permita que cruze em meu caminho
O danado do gatu preto
Traz má sorte pru meu distino
E num tem reza braba qui dê jeito!
Trago minha ferradura por detrás da porta
Pra num deixar o azar entrar
Uma plantação da Espada de São Jorge
Pra modo di mi proteger
Juntinho do vaso, de Comigo Ninguém Pode
Um trevu di quatro folha
Azougue e o número treze em meu pescoço
Enfeita e traz boa sorte
Ai di mim, sem meus amuleto!
Pra todo o mal dá o corte!
Minha figa toda amarradinha
Cum Nosso Senhor do Bonfim
Vela acesa, /pra tudo qu'é santo/
Pra alumiar as alma
Na dúvida, - em tudo acredito -
Pois fé, é qui num mi falta
Si mi lembro bem d'um causo,
Foi da última vez qui vacilei
Só di lembrar doia!
Levei na cabeça uma baita tijolada
Foi dois dia qui penei!
Nunca mais passei por dibaixo duma escada!
Um patuá feito nu capricho
Pra atrair o parafuso da minha porca
Pois em meio a esse escasseio
Tô sem cumpanheiro
Só recebendo cantada de homem feio!
Seja bem-vindo ao meu espaço. Aqui é onde reside o mais íntimo do meu EU. São algumas linhas, dispostas,a maioria,em versos e prosas.Que me acompanha desde muito tempo.Relatos de minha vida,sentimentos expostos e guardados,adquirindo,em cada escrito,um pedacinho de mim. Me arrisco no enlevo da fantasia e me transponho a lugares que só eu conheço.E nesse mundo de magia é que me causa inspiração da qual tento expressar em minhas linhas. Portanto,fique á vontade. Talvez você aprecie.
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