Sorrateira névoa densa
Que persiste em nos perseguir
Deixando tudo em estilhaço
Pra depois de novo vir
Vil companheira da vida
Que silencia a mente do homem
Transformando seu corpo em cinza
Dilacerando como a peste e a fome!
Não adia seu momento
E nem deixa pela metade
Faz com que tudo aconteça
As vezes,
Até com requinte de crueldade!
Gargalha em volta da vida
Sem ao menos perceber,
Que se vive muito mais
E é uma vez só pra morrer
Oh,insensata morte!
Que não nos deixa viver
Dando-nos apenas a certeza
De que um dia iremos morrer
Lado-a-lado
Juntas caminham
A julgar que os opostos se atraem
A vida segue adiante
Quando a morte se vai.
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