sexta-feira, 12 de março de 2010

Entre a vida e a morte




Sorrateira névoa densa


Que persiste em nos perseguir


Deixando tudo em estilhaço


Pra depois de novo vir




Vil companheira da vida


Que silencia a mente do homem


Transformando seu corpo em cinza


Dilacerando como a peste e a fome!




Não adia seu momento


E nem deixa pela metade


Faz com que tudo aconteça


As vezes,


Até com requinte de crueldade!




Gargalha em volta da vida


Sem ao menos perceber,


Que se vive muito mais


E é uma vez só pra morrer




Oh,insensata morte!


Que não nos deixa viver


Dando-nos apenas a certeza


De que um dia iremos morrer




Lado-a-lado


Juntas caminham


A julgar que os opostos se atraem


A vida segue adiante


Quando a morte se vai.

Nenhum comentário:

Postar um comentário