quarta-feira, 5 de março de 2014

QUARTA FEIRA DE CINZAS



QUARTA FEIRA DE CINZAS.

Saúdam as máscaras
de tão bem guardadas
agora afinal

Refletem a alegria,
todas bem dispostas
 a mais um carnaval

Sambam em harmonia
Brilhando as purpurinas
desse cenário

Quando muito garbosas
fogem tantas fantasias
de seus armários

In-vestindo seus foliões
que entranham nessa magia em ledo
Levitando em suas serpentinas

Alegando alegria em todas as gingas
 Acessório dum samba enredo
Abortado numa quarta feira de cinzas.

Mônica Pamplona.
03/03/14

2 comentários:

  1. Surpreendeu-me o conceito expresso como sendo o fim da folia, do divertimento, da festa.
    Este é o conceito real desde o seu surgir nos anos 600 520 ac em que os gregos festejavam agradecendo aos deuses a fertilidade do solo e pela produção, e, ainda na idade média a festa era tal que comiam e bebiam enchendo-se de carne - carne vale - Carnaval. Depois desta folia surgia a abstinência da carne na quarta feira de cinzas - fim do Carnaval.

    É este o conceito expresso neste belo poema - Festa acabada,fim da folia.

    Porém antes de o ler pensei que versaria o conceito da visão católica sobre a quarta feira de cinzas, como um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, de renovação interior - entrada na Quaresma até à Páscoa da Ressurreição.

    Parabéns Mónica Pamplona pelo belo poema ficando a aguardar a 2ª parte. OK?

    Beijinho,

    ZCH


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  2. De fato é o conceito verdadeiro esse que dizes. Mas te confesso que o foco do poema foi mesmo o fim do carnaval. Talvez devido a euforia que essa festa emana aqui no Brasil.
    Quanto à visão católica. Aguardarei a chegada da semana santa. Quem sabe boas inspirações terei rsrsr
    Obrigada Zélia pela visita e o carinho aqui deixado.
    Bjsssss

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